domingo, 27 de setembro de 2009

Abraço-me à eternidade.
Pobre corpo, triste fado
Trancado em solitária a tão tenra idade.

Abandonado no vazio.
Com a dolorosa realidade me corto,
A sina de ser apenas mais um morto.

Lágrimas de sangue percorrem-me a alma,
Já não sei quem sou nem onde pertenço,
Abandonado por tudo apenas resta a calma.
Tudo o que sou é o que sinto, já não penso.

Assim me apercebo que despreocupado minto,
Digo sentir o que não sinto.
O que posso não me custa
E o que vejo não me assusta.