sábado, 27 de junho de 2009

Teu olhar,
Meu mundo.
Perfeição do simples amar,
Ser teu cada segundo.

Tocar o desconhecido
Sentir o infinito.

Romper o manto de escuridão
Atingir as estrelas e lua.

Sou amor,
Sinto-o como meu,
Sou eu,
E tudo o que sou é teu.
Somem as trevas na fuga do nada de onde o tudo vem, e amanhece, enchem-se de esperanças o céu negro de um novo horizonte.
Palavra é mediocridade e exactidão, não serve para descrever tamanha loucura permanente que sem rastilho se acende.
Basta fechar os olhos para tudo acontecer de novo, mas a memória traz saudade, e a dor que nos aperta o peito é insuportável.
E eis que tudo volta a escurecer numa mancha concreta e indefinida que não sabendo bem como, nos preenche o coração.

God the only thing I ask of you is to hold them

Alicerces em que se firma cada dor que me segue para a felicidade relativa de cada momento já perdido. Procuro dentro de mim a resposta, o porquê, a razão não soluciona a falha sentimental.
Mas o Homem também erra na infinidade temporal de cada segundo.
Será erro temer a saudade se o futuro promete?
O isolamento, a queda em esquecimento de cada sentimento nunca infinito.
Temo a hora da despedida.
Não admito o adeus.
Tenho medo de vos perder, e é o medo o meu legado.
Estrelas vestidas de reflexo no oceano,
Seguidoras fiéis da lua, sua luz e estrada.
Leves ondulações no caminho percorrido deste pano,
Suave ondulação, calma, na areia rebentada.

Para prof. Paulo Mota

Para uns esplêndido o esforço quando estudamos,
Para outro, que apenas olhos nos colocou,
Nem do nobre nome de calhau nos livramos!
Agradecer não chega para a superioridade que nos tornou.

Trancas do Infinito:

Sou quem sou,
Nunca quem quis ser.
Mergulho num mar de incertezas
Em busca das respostas a cada pergunta,

Quem sou eu?
Mas que importa...
Nunca serei quem a minha alma escolheu
Tendo para sempre a felicidade
Trancada para lá de uma porta.

Para a prof. Margarida:

Entre tarefas e velocidades, preocupada,
Venerável esforço que nega mas tece,
Ambidestra entre cálculos de raiz quadrada,
Professora, amiga que na memória permanece.
A alma mais que o corpo, de espera degradada
Esperança do céu não da terra tão fugaz
Por mais que sonho e alma seja louvada,
Força, corpo e alma, distante jaz.

Que a morte o espírito leve
Para além de todo o ser,
Que mais que pronunciado, é breve.

Paredes caídas antes do erguer,
Império que é mas nunca o foi.
Dor que ainda muitos faz sofrer,
Mas por mais que doa já não dói.

Porquê segurar o outrora?
Sonhar o ontem e não escutar o agora,

Que o futuro não espera e o passado já demora!
Deixa-me sentir essa dor que te atormenta.
Deixa-me apoderar dessa paixão
que o teu coração não consegue expulsar, mas tenta.
Deixa-me venerar,
deixa-me idolatrar,
e permite-me que explore esta paixão que de erros está isenta.

Nunca quis ser rei,
mas quero tornar-te rainha,
e espero que graças a este sentimento,
tu um dia sejas minha.
Deste amor eu quero ser súbdito
e um eterno escravo de tudo isto que sinto,
quando digo isto sem dúvida que não minto,
pois nem pensei, disse-te por instinto.
Horríveis as vidas de quem vive pra sofrer.
Terríveis as vidas de quem ama até morrer.
Admirável a beleza de uma paixão controversa.

Não quero iludir quem me ilude.
O que sinto é meu e só meu,
mas quando digo isto não quero ser rude,
pois o que sinto apenas contemplo nas estrelas que vejo no céu.

Admiro-me quando o amor é tema de controversa
pois é o ódio que provoca a guerra,
porquê falar do que mais belo tem a Terra?
Apenas deveria ser sentido até que este nos dispersa.

E continuam a encontrar falta de razão quando digo!
“Terríveis as vidas de quem ama até morrer,
pois quem leva isto a peito limita-se a sofrer!”

Mais tarde verão quando o azar bater à porta de outro mendigo.

Perdido no infinito da mente humana


Oh tão suave é a dor que nos toca os corações,
tão pura é a luz que escurece as escuridões,
tão alegre a energia que nos impulsiona o andamento,
tão drásticos os problemas que nos atormentam o pensamento.

Solidão é tristeza,
é infelicidade e é pureza.
O coração mais puro é aquele que apodrece na solidão
nessa maldita escuridão,
que aterroriza, espanca e extingue qualquer ilusão.

Ilusões apenas nos induzem erros,
são guerras, são discussões e são berros!
Arquitectos de casas destruídas,
e reacções de crianças desinibidas.

Oh vida que tanto fazes sofrer os mortais,
vida que conduzes ao descanso eterno,
morte que és objectivo da vida,
morte que nos leva ao cumulo da pureza,
com toda a escuridão, com toda a solidão
e sem nenhuma ilusão.
Ah tão macias são as almas,
chamas suaves e onduladas,
chamas que lhe aquecem a alma,
o ser, o toque, a expressão,
mas que lindas chamas!!!
São beleza sem comparação.

O seu rosto é doçura e sensibilidade,
que nascem de dois mundos,
profundos!
Tão profundos, que não têm fim,
são terra, são mares e vulcões,
são ondas, doçura e erupções.
São a beleza de uma deusa,
e a expressão de uma criança,

na escultura incomparável do corpo de uma mulher!